
No começo de sua carreira, conta João, que muitas rádios não se interessaram por seu trabalho, alegando que sua música não seria comercial e não faria sucesso atingindo a grande massa. Enquanto lutava para tornar suas composições conhecidas, ele e sua mãe, vendiam um doce muito conhecido dos nordestinos, o mungunzá, feito basicamente de milho e leite de coco fresco, pelas ruas da comunidade onde moram até hoje. De familia humilde, era dessa forma que o sustento do lar vinha, e João afirma que isso tras muito orgulho pra sua vida. "Sempre tive fé na vida e nunca tive medo de tentar. Esse era um trabalho honesto como qualquer outro e que me orgulho muito disso." Depois de muitos nãos, eis que alguem disse sim ao seu trabalho, e a partir desse momento, os pernambucanos puderam conhecer as musicas carregadas de críticas e deboche,
onde a irreverência é o tempero principal. Falando de cenas do cotidiano e de coisas bem proximas as pessoas, suas letras mostram a realidade das coisas mais simples do dia a dia como por exemplo a que fala dos 3 segundos no celular. Quem nunca fez uma ligação dessas? Quem não tem um celular de ultima geração, mas, que vive sem creditos hein?

É desse jeito e com essa simplicidade que João do Morro conquistou seu espaço, e hoje ele é um dos artistas pernambucanos que mais fazem shows. São em média 25 por mês e em lugares que antes barravam sua entrada quando ele precisava divulgar seu trabalho e que hoje tambem se renderam a sua inteligencia, carisma e talento. Pagodes, boates, grandes clubes e até o maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada, ja se renderam ao menino simples do Morro da Conceição. Senhoras e senhores, com voces...João do Morro.
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